[Personas] Old Tech — Ensinando tecnologia para a terceira idade

Como incentivar pessoas com mais de 50 anos de idade a ingressar no mercado de tecnologia?

Matheus Vaz
3 min readJun 19, 2021
Protótipo de alta fidelidade da Old Tech

Começando pelo problema

Atualmente muito tem se falado sobre transformação digital. Diversos conteúdos são disponibilizados, a cada dia, apresentando maneiras de como passar por essa (r)evolução.

Para se ter ideia, um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) apontou que a procura por profissionais na área de TI será de 420 mil pessoas, até 2024, no país.

Porém, hoje, segundo a entidade, o Brasil forma apenas 46 mil profissionais com perfil tecnológico por ano.

Desafio e (macro) solução

Sendo assim, a busca por profissionais de Tecnologia, Inovação e de todas as áreas relacionadas ao “Digital” é um gap que precisa ser resolvido desde já. E uma das soluções pode estar na capacitação de idosos, já que, o Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas acima dos 60 anos.

O dado acima é do IBGE e reflete uma tendência mundial de envelhecimento da população, mas são pessoas que ainda estão cheias de energia, para produzir e para consumir. A maioria está em isolamento social, mas isolamento não significa dependência. E é aí que entram as novas tecnologias.

Objetivos

Com o problema e a solução levantada, os objetivos do projeto (e de negócios) giram em torno dos seguintes tópicos:

  • Desenvolver uma plataforma (gamificada e comunitária) capaz de ensinar pessoas acima de 50 anos, de conceitos básicos a avançados, sobre as principais tecnologias das quais o mercado de trabalho necessita;
  • Diminuir o gap entre demanda e profissionais qualificados em áreas de Inovação e Tecnologia;
  • Criar uma comunidade que aproxime gerações distintas em prol do desenvolvimento tecnológico e da qualidade (e expectativa) de vida, já que o novo aprendizado estímula a criatividade, o raciocínio lógico e a interação humana.

Os usuários

Hoje, dois a cada 10 idosos usam a Internet. Ainda, as projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmam que o Brasil está envelhecendo e vai se tornar um país idoso até 2050 — passando de 12,5% a 30% as pessoas com mais de 60 anos.

Isso se dá devido ao aumento progressivo da expectativa de vida do brasileiro, que era, em 2015, conforme dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 75 anos.

Com uma população cada vez mais idosa, é preciso pensar em qualidade de vida e acesso aos meios de comunicação que tornem o dia a dia mais fácil e prático, além da possibilidade de continuação no mercado de trabalho para aqueles mais ativos.

Sendo assim, os idosos são perfeitamente capazes de fazer cursos na área de TI e, frases do tipo “Você não vai ser capaz de entender”, “Computação não é para sua geração” ou “Você é muito velho para adquirir habilidades informáticas”, só servem para reforçar mitos ultrapassados e desencorajar ainda mais as gerações mais antigas a embarcarem nesse mundo.

Perfil (persona)

Nossa plataforma foca em usuários 50+ anos que pensam em migrar de carreira, em recolocação profissional ou que sempre sonharam (mas adiaram-no) em trabalhar no mercado de tecnologia. A proto-persona do seu Joaquim deixa mais claro como é o seu perfil (proto, porque neste momento ela não ainda não tinha sido validada).

Joaquim Saldanha, proto-persona da OldTech

Diretrizes

É lógico que a forma de passar conhecimento de tecnologia para pessoas que nunca tiveram contato com uma linguagem de programação ou não entendem do que se trata um sistema operacional, por exemplo, exige muita didática, paciência e busca constante acerca da melhor forma de “explicar um conteúdo”.

Mas como no slogan da capa: nunca é tarde para se aprender algo novo, até mesmo quando o assunto é tecnologia.

Sendo assim, a plataforma/solução OldTech precisa focar em 2 outros grupos que serão primordiais para propagar o aprendizado de tecnologia para a terceira idade tendo em vista o contexto de nossa persona:

  • amigos/colegas antigos, que ainda são ativos para a troca de experiências e para o aprendizado conjunto;
  • e filhos, netos e a família em geral que possui familiaridade com internet para auxiliá-los ou até mesmo estudar junto com nossa persona.

[Case completo em edição]

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